Morre em Boa Vista uma Defensora Pública paraense que fez procedimento do DIU

Advogada, ex-funcionária do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) e líder da entidade de defensores do estado. Geana Aline de Souza, de 39 anos, ocupava o cargo de titular da vara de execução penal da Defensoria Pública de Roraima (DPE). Ela faleceu em Boa Vista, vítima de infecção generalizada, uma semana depois de tentar implantar um DIU, um dispositivo intrauterino que é inserido cirurgicamente.

Geana, nascida em Belém, capital do Pará, deixou um esposo, o empresário Cláudio Rodrigues, de 40 anos, com quem estava casada havia 8 anos. A advogada não teve filhos, porém zelava “com carinho” pelos dois enteados, filhos de Cláudio. Desde 2017, ela atuava como defensora, ganhando destaque no sistema judiciário de Roraima.

Durante os primeiros cinco anos, assumiu a jurisdição de São Luiz, uma cidade localizada ao sul de Roraima. Desde 2022, dedicava-me à proteção de direitos essenciais para condenados em cumprimento de pena. Graduou-se em direito na Universidade Federal de Roraima (UFRR), onde começou a estudar em 2008 e concluiu sua graduação em 2013. Posteriormente, atuou como funcionária do TJ-RR, onde permaneceu até ser chamada para a DPE.

No comando da associação, Geana se dedicava à valorização e ao reforço do papel de defensor público. Adicionalmente, ela ocupou o cargo de diretora da Associação Nacional de Defensoras e Defensores Públicos (ANADEP), contribuindo para o progresso e a proteção institucional da profissão. Geana foi submetida ao procedimento de inserção do DIU no dia 18 de março, sob a supervisão da médica Mayra Suzanne Garcia Valladão, porém não conseguiu colocar o dispositivo.

Não há detalhes sobre o motivo pelo qual o procedimento não foi finalizado. Após ser liberada do consultório, ela apresentou febre e dores ao retornar para casa. Na terça-feira, ela deu entrada no hospital privado Ville Roy, mas seu estado de saúde piorou e ela não conseguiu resistir.

O DIU é um dispositivo intrauterino de contracepção, inserido através de uma cirurgia. A advogada contraiu uma infecção séria no colo do útero. Esta infecção se propagou pelo organismo e evoluiu para uma infecção ampla, resultando na falência de órgãos como os rins e o fígado.

Foto: DPE-RR/Divulgação